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Uso de Redes de Proteção

No princípio…

A preocupação com o risco de quedas é antiga, e até mesmo na Torá judaica, correspondente ao Antigo Testamento da Bíblia, o tema foi abordado. Considerando a responsabilidade de expor quem pudesse vir a circular sobre uma edificação, a recomendação “técnica” descrita na história de acordo com a tradução pode ser variada, mas será que até hoje só podemos contar com um guarda corpo para o fechamento de periferias?

Em outro livro… bem brasileiro

Se engana quem pensa que só de passado e blocos de barro vive construção civil.  Com a evolução das técnicas construtivas, o ramo precisou se modernizar e repensar novas formas de proteção durante o processo de escalada dos grandes prédios que cortam os céus das grandes e médias cidades, e a norma brasileira precisou acompanhar esse processo. Desde 2006 o texto da Norma Regulamentadora 18 incorporou a Portaria nº 157 que define os critérios para o uso de Redes de Proteção ou SLQA. Já conhecia?

Sistema Limitador de Quedas em Altura  

O Sistema Limitador de Quedas em Altura ou SLQA como também é conhecido, indica com precisão a finalidade desse tipo de proteção coletiva, limitando possíveis acidentes seja pela projeção de materiais, seja pela queda de pessoas. Conforme preconiza a NR 09 quanto a hierarquia de proteção no ambiente de trabalho, a montagem completa dos elementos garante a segurança da coletividade em obra em detrimento do uso de equipamentos de caráter individual, que basicamente se apoiam na expectativa de prevenção do próprio trabalhador.

Os Sistemas de Proteção:

Basicamente, os Sistemas de Proteção contra Quedas em Altura apresentam características distintas de acordo com o modo construtivo e a etapa em que são implantados em obra, sendo dois deles o SLQA Pesado ou Sistema “V” e o SLQA Piso a Piso ou Sistema “U”

  1. SLQA Pesado ou Sistema “V”

O sistema em questão foi concebido para atender o trecho da edificação que está em montagem de formas e só é deslocado quando a estrutura vence a etapa de desforma do pavimento. Todo o perímetro da obra recebe suportes metálicos ou “forcas” que darão sustentação às redes de segurança, assegurando que em caso de queda de pessoas ou projeção de materiais, ocorra uma consequente captura dessa queda considerando como limite o pavimento inferior.

  1. SLQA Piso a Piso ou Sistema “U”

Quanto ao modelo “U” de fechamento periférico, a instalação é realizada literalmente entre os pavimentos, por isso a referência de “Piso a Piso”, proporcionando o fechamento dos vãos verticais logo após o deslocamento do sistema “V”. O conjunto de proteção inclui redes reunidas e fixadas com uso de cordas perimetrais, ancoradas em esperas engastadas na propria estrutura. O sistema impede qualquer projeção para fora da edificação.

A grande vantagem desses sistemas é a garantia de alto nível de segurança as equipes de trabalho muito antes da existência do risco. Um outro importante benefício do uso de SLQAs é a possibilidade de execução de proteções periféricas qualificadas, sem qualquer atraso no desenvolvimento de etapas primordiais para uma obra, como o levantamento de alvenarias e a execução de reboco. As soluções são práticas e assertivas, mantendo a condição de segurança desde a etapa de formas até a realização dos acabamentos internos.

O Meio Ambiente agradece! 

Por ser um material resistente, às redes de proteção, quando bem instaladas e mantidas, podem durar todo o período de execução do empreendimento, possibilitando a realização de ensaios de verificação de resistência da trama conforme recomendação do fabricante. Além disso, sendo constituída de polímeros plásticos, as redes e cordas apresentam a possibilidade de destinação do resíduo para a reciclagem, conferindo sustentabilidade ao planejamento da obra.

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