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A Durabilidade dos Materiais Construtivos com vistas a Sustentabilidade

A discussões acerca da sustentabilidade são diversas e tratam, principalmente, de estratégias passivas e ativas. Muitas questões são decididas ainda na fase de projeto, tais como a sua exposição quanto a melhor insolação, ventilação e integração com o seu entorno. Estes itens são tratados ainda no projeto e requer certos cuidados do profissional que está projetando. O uso de tecnologia complementa e auxilia a edificação a ser mais eficiente, seja no reuso das águas pluviais e cloacais, seja no aproveitamento do sol como fonte de geração de calor e energia, entre outros. O que necessita ser avaliado também é o uso dos materiais construtivos e a sua durabilidade. Existem diversos artigos, livros e textos que tratam da sustentabilidade na arquitetura. Poucos fazem a conexão da sustentabilidade de uma edificação com a durabilidade da mesma. Mas o que seria a durabilidade do edifício?

A norma de desempenho (NBR 15575) de 2013 trata desta questão em uma das suas seis partes. Mesma que esta norma não se preste a prescrição de como os sistemas são construídos e sim nas exigências dos usuários e seus sistemas, principalmente quanto ao seu uso, ela se torna uma fonte de discussão e pesquisa quanto a durabilidade do edifício. Ou seja, o desempenho da edificação e a forma como ela será utilizada. Ressalta se que esta norma trata apenas de edificações residenciais multifamiliares, mas não desqualifica a discussão para outros tipos arquitetônicos.

O desempenho de um edifício é o comportamento de todos os sistemas quando em uso, com condições mínimas de habitabilidade (estanqueidade; desempenhos térmicos, acústico, alumínio; saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade; conforto tátil e antropodinâmico) para que seus usuários utilizem o prédio durante um determinado período.

Para contribuir com a sustentabilidade, a durabilidade da edificação é fundamental, pois irá permitir analisar e prever a vida útil de materiais, sistemas e elementos construtivos, prever o impacto ambiental e energético de um edifício ao longo da sua vida útil, estimar o custo de manutenção de uma edificação, remodelação ou substituição dos edifícios ou de suas partes ao longo do tempo, estimar custos e as possibilidades de aumento da vida útil dos elementos que compõe a edificação.

Sendo assim, podemos afirmar que a durabilidade se associa mais ao conhecimento do que ao recurso propriamente dito. Falar em durabilidade é associar imediatamente a vida útil do edifício. Assim, relaciona-se com as características dos materiais e/ou componentes, às condições de exposição e condições de utilização da edificação durante a sua vida útil. Sendo assim, podemos entender que a durabilidade não trata de características próprias dos materiais, mas sim de uma função relacionada com o desempenho dos materiais, sob determinadas condições ambientais. Esta exposição ao ambiente causará envelhecimento dos materiais empregados, o que resulta na alteração das propriedades físicas, químicas e mecânicas, tanto da superfície quanto do interior, causado em grande parte pela agressividade do meio ambiente.

Com isso, podemos entender que quanto mais durável for o material empregado em uma edificação, maior será a sua vida útil e, portanto, o impacto ambiental será reduzido. Pesquisar as propriedades dos materiais, buscando em fontes bibliográficas e/ou informações dos fabricantes é de extrema importância para projetar edifícios eficientes, facilitando a especificação dos sistemas e atingindo uma durabilidade satisfatória.

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